Valores da Aparência VS Valores da Existência: Qual Está Guiando Você?

“É mais fácil criar para os outros do que para mim mesmo.”

Ou então: “É mais tranquilo elaborar algo para outra pessoa do que para mim.

Já ouvi essas frases muitas vezes. Quando se trata de nós mesmos, tudo parece mais complicado.

Mas por quê? O que nos faz travar quando tentamos criar algo para nós mesmos?

A resposta está nos valores que seguimos, muitas vezes sem perceber. Quando seguimos os valores da aparência, buscamos aprovação e reconhecimento. Queremos ser aceitos e admirados. Isso nos prende à opinião dos outros. O medo de ser rejeitado e a necessidade de agradar nos paralisam. E, no meio de tantas dúvidas e inseguranças, nossa criatividade acaba bloqueada.

Os valores da aparência fazem com que nossa criatividade deixe de ser uma expressão genuína e se torne uma tentativa de agradar. Escrevemos, pintamos ou criamos pensando em como seremos vistos. A falta de sinceridade, mesmo que pequena, bloqueia nossa espontaneidade e, com isso, a força criativa. Cada ideia passa por um filtro que só permite o que é “seguro”, deixando de lado o que é mais autêntico e verdadeiro.

Por outro lado, os valores da existência vêm da nossa verdade interior. Eles não dependem do que os outros pensam, mas do desejo sincero de ser quem realmente somos. Esses valores vêm do nosso eu mais profundo, onde encontramos nossa autenticidade e nosso propósito. Viver por esses valores traz paz e segurança, porque não precisamos provar nada para ninguém — só precisamos ser nós mesmos.

A Coragem de Ser Verdadeiramente Criativo

Ser verdadeiramente criativo exige coragem. Coragem para deixar os valores da aparência para trás e se conectar com os valores da existência. Isso significa se expor, deixar de lado a necessidade de parecer perfeito e honrar quem somos de verdade.

Por muito tempo, eu tive medo de compartilhar minhas experiências mais profundas. Sentia vergonha. Achava que precisava escondê-las para não parecer estranho. Mas percebi que essa vergonha vinha dos valores da aparência. Quando comecei a falar sobre minhas experiências, me conectei mais comigo mesmo e também com as pessoas ao meu redor.

Ser vulnerável é um sinal de força, não de fraqueza. É preciso coragem para ser quem somos sem medo. Criar a partir da nossa verdade, sem se preocupar com o que os outros vão pensar, é um ato de força.

Quando nos conectamos aos valores da existência, percebemos que não precisamos ser perfeitos — precisamos ser sinceros. E essa sinceridade significa criar sem garantias, colocar nossas ideias no mundo, sabendo que nem todos vão gostar, mas que são verdadeiras para nós.

Como os Valores da Aparência Bloqueiam a Criatividade

Então, qual é a solução? Pequenos atos de vulnerabilidade. Fazer algo pelo simples valor do ato, sem se importar com o que os outros vão pensar. Pode ser escrever um texto sincero, mesmo que revele suas inseguranças. Pode ser desenhar algo que você gosta, mesmo que não seja perfeito. Pode ser compartilhar uma experiência pessoal que parece vergonhosa, mas que é verdadeira. São nesses pequenos atos que os valores da existência começam a crescer dentro de nós.

A verdadeira criatividade nasce da coragem de ser. Eu te convido a pensar: o que você criaria hoje se não tivesse medo do julgamento? Como a vulnerabilidade poderia abrir portas para que sua verdadeira voz fosse ouvida?

Seja vulnerável, seja autêntico, e deixe sua existência falar por si mesma.

Escrito por

Publicitário, copywriter. Escreve sobre criatividade, autoconhecimento e comunicação.

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