A Restituição da Culpa: Recuperando a vitalidade para seguir em frente

Abri meu CNPJ há 11 anos. Sem capital financeiro. Sem capital político. Sem herança. Apenas investindo num futuro melhor.

Nesse período passei por duas fases. Na primeira fase, inexperiente, fiz tudo que estava em mãos para entregar resultados. E por diferentes razões, nem sempre os resultados vinham.

Essa fase foi marcada por discussões e rompimentos abruptos. Tinha a sensação de que algo não ia bem. Me sentia enfraquecido para seguir em frente.

Em alguma medida esse desânimo é justificado, pois as coisas não estavam saindo como o desejado, no entanto, havia algo mais profundo: A culpa estava me consumindo.

Descobri que a culpa contaminava a minha alma em relação aos danos que causei direta, ou indiretamente, por cometimento ou omissão. E esse sentimento estava corroendo minha integridade pessoal.

É difícil perceber a culpa, pois ela é sutil. Acuado pela possibilidade de um confronto, partia em retirada. E por medo de me expor, recusei muitas oportunidades.

A segunda fase começou quando entendi que era preciso enfrentar essa questão.

Mesmo não sabendo direito como agir, sabia que não era certo me forçar a algo, pois eu também era sofredor de um dano causado pelo outro e não podia perder de vista minhas necessidades.

Com isso em mente, entendi que o primeiro passo é aceitar minha responsabilidade na situação indesejável. O que não é fácil. É difícil aceitar que muitas vezes me torno vítima da inexperiência, e que isso, não me exime da responsabilidade.

O próximo passo foi aprender a estabelecer um equilíbrio entre o processo de reparação mútua.

Uma conversa franca com a pessoa ofendida se mostra eficaz. Me reconcilio com o outro quando assumo minha parte, dou lugar para sua necessidade e tomo uma atitude reparatória.

Por outro lado, precisei aprender a me abrir para receber desculpas dos outros. Em questões significativas, leva tempo para perdoar e me tornar pronto.

Com o tempo, e aos poucos, consegui recuperar a autoestima e aumentar a vitalidade.

Hoje, sigo em frente contando minha história, incentivando que use a reconciliação consigo e com o próximo como forma de se fortalecer e trazer vitalidade para a sua caminhada.

Escrito por

Publicitário, copywriter. Escreve sobre criatividade, autoconhecimento e comunicação.

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