Eu era um garoto rebelde, sempre à procura de afeto e entendimento. Movido por uma inquietação constante, utilizava todas as ferramentas disponíveis para compreender e confrontar o mundo que me cercava.

Guiado pelo senso do que achava que deveria fazer, explorei diversos caminhos que, infelizmente, não me conduziram a lugar algum.

Foi nesse momento que descobri o elemento oculto por trás da minha autossabotagem: a presença da Segunda Consciência.

De acordo com Freud, todos possuímos uma segunda consciência interna, que age como uma voz repressora, impondo regras e normas em nome da conformidade social.

Moralista, a segunda consciência impõe normas sobre o que falar, vestir, usar e com quem devemos nos relacionar. Além disso, ela influencia em qual profissão seguir, quanto dinheiro é suficiente para ganhar, quando e com quem é permitido transar. Essa voz julga se seremos perdoados pelos nossos pecados ou não.

Nos enganamos quando confundimos a motivação que parte dessa segunda consciência com a voz da nossa vontade interna.

Essa segunda voz não tem conexão com o centro da nossa consciência pessoal: A voz da nossa verdade interior.

Percebi que ao invés das minhas ações partirem do que eu realmente queria fazer naquele momento, elas partiam do que os outros queriam.

Sem saber exatamente o que queria, me tornava dependente das opiniões e expectativas dos outros, pois buscava fora o que não havia encontrado dentro.

E dessa maneira, como é possível acertar o rumo da vida?

Ao validar meus desejos autênticos, tomei decisões mais alinhadas com minha verdadeira identidade e propósito de vida.

Encontrei as chaves que precisava nas respostas para essas perguntas:

O que realmente eu quero fazer?
O que realmente eu quero dessa relação?
O que realmente eu quero da minha jornada?

A segunda consciência pode encobrir nossos verdadeiros desejos, ao dar espaço para nossa verdade interior, permitimos que facetas de nossa personalidade se desenvolvam, tornando-nos seres mais completos e autênticos.

Ao respirar calmamente sobre essas respostas, percebo agora que tenho a força necessária para correr atrás dos meus verdadeiros objetivos e viver uma vida autêntica.