Da dor à força: transformando cada queda em um novo impulso.

transformando cada queda em um novo impulso.

Semanas atrás um empresário de destaque no marketing digital fez duas revelações num podcast.

A primeira revelação é que sua empresa quase faliu no início da pandemia. Relatou que foi um momento extremamente doloroso. Envergonhado, sentia sem forças para levantar da queda. Ele reconheceu que suas escolhas levaram a empresa à situação.

Mais tarde, compartilhou com pesar sobre a profunda dor que sentia em relação a seu pai. Disse que foi doloroso testemunhar os atos de violência daquele homem contra sua mãe. Em defesa contra a mágoa afasta esse homem de sua vida.

Como alguém que já passou por questões semelhantes, consigo me identificar com ambas experiências.

E como essas duas revelações do entrevistado se relacionam?

Bert Hellinger diz que homens que não “Tomaram o Pai”, tendem a se envolver em comportamentos de risco, e muitas vezes não conseguem criar um ambiente seguro e estável para suas famílias e negócios.

Por sua vez, o Guia do Pathwork diz que uma parte da nossa psique, ressentida com as figuras parentais, transfere para a vida presente suas queixas e insatisfações.

Perceba que ambas perspectivas apontam que, por trás de um comportamento e escolhas negativas, há uma dor e uma frustração original que levam as pessoas para acontecimentos indesejáveis.

Então, qual é o processo de mudança e transformação desses padrões negativos?

Primeiro precisamos compreender que um padrão destrutivo se estabelece com a finalidade de fugir de algo que temos dificuldade em lidar.

Um pensamento mágico nos faz imaginar que podemos substituir os padrões destrutivos por padrões construtivos. Essa expectativa é irrealista, não verdadeira.

Não há rituais, processos, métodos, cursos, intensivos ou imersões que possam estabelecer padrões construtivos em nós sem que antes enfrentemos a dor e a frustração original da qual uma parte nossa está fugindo.

Depois dessa travessia, em um novo momento, sentiremos a força que precisamos para lidar com as recaídas que tivermos durante o caminho. Conseguiremos finalmente transformar cada queda em um novo impulso para a vida.

Escrito por

Publicitário, copywriter. Escreve sobre criatividade, autoconhecimento e comunicação.

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