Aceitando o Eu Real: A Força Transformadora na Autoaceitação.

Ao refletir sobre meus términos de relacionamento, me recordo de como algumas separações foram dolorosas. Também vivenciei situações semelhantes no âmbito profissional, ferindo as partes envolvidas em projetos que não foram para frente.

Não faço apologia a esses acontecimentos, pelo contrário, reconheço que foi por meio da dor que encontrei motivação para buscar o autoconhecimento.

Ao olhar para trás, lembro-me das preciosas histórias que ouvi ao longo do caminho. Me lembro da história de Jesus resistindo às tentações do Diabo no deserto, de São Miguel derrotando o demônio com sua espada durante as batalhas, e do príncipe Arjuna lutando contra seus parentes no Bhagavad Gita.

Perceba que o mundo nos ensina que há uma batalha entre o bem e o mal, nos incentivando e nos envolvendo nessa luta. No entanto, agora compreendo que há um equívoco nessa abordagem.

Pois por trás de cada término de relacionamento, havia também uma parte de mim disposta a lutar pelo amor, pela união e pelo prazer. Da mesma forma, em cada empreendimento mal-sucedido, havia uma parte de mim investindo e buscando prosperar.

No âmago do que rotulava como “mal”, agora vislumbro uma força e uma energia criativa direcionadas para o bem. No entanto, devido à minha ignorância e à minha falta de habilidade para lidar com essas situações, essas forças se manifestavam de forma negativa.

Agora entendo que lutar contra o “mal” significa também tirar a força do bem, e do poder criativo que em essência ali está!

Essa perspectiva não é lisonjeira. É mais fácil acreditar que luto contra o “mal” externo, em vez de reconhecer o “mal” que reside, em parte, dentro de mim. Preciso de humildade, flexibilidade e coragem para enfrentar essa questão.

Superando essa questão, encontro alívio ao meditar sobre a seguinte frase:

“Eu me rendo ao poder transformador da aceitação, invocando meu eu superior na busca pela plena aceitação do que sou. Dessa maneira abro caminho para a autotransformação.”

Dessa forma, dissipo o medo que nega minha fé na criação do mundo e me permito a confiar no processo que, às vezes, traz experiências dolorosas, mas também revela a beleza e a sabedoria presente em todas as vivências.

Escrito por

Publicitário, copywriter. Escreve sobre criatividade, autoconhecimento e comunicação.

Publique um comentário:

Comentário

Type at least 1 character to search
Whatsapp
(15) 9 9717.6818
Acompanhe no Instagram