Se parece escrita… reescreva
Recentemente, ouvi um videomaker falar sobre o que torna um ‘filme cinematográfico”. Ele disse que não se trata da câmera, lentes ou técnicas, mas sim da capacidade do filme em envolver o telespectador numa experiência imersiva.
Acredito que o mesmo conceito vale para a escrita. Não quero que meu texto se destaque mais do que minhas ideias. Quero que, ao final dessa leitura, você pense: “Uau… vou espalhar essas ideias por aí.”
Há anos tento deixar meu texto mais natural e fluido. Escrever “como se fala” é mais difícil do que parece. Simplificar a escrita é um desafio. Escrever com clareza, simplicidade e autenticidade é como tentar se proteger do frio com uma coberta curta, na tentativa de cobrir a cabeça corro o risco de deixar os pés para fora.
Nesse percurso percebi que o que mais me atrapalha não é o processo de escrita, mas minha mente. Quando estou confuso, escrevo ‘confusamente’. Quando me apego demais a certas ideias, perco a essência delas. É uma luta interna com aquilo que me condiciona.
E não estou sozinho nesse caminho. Nos textos dos meus clientes e colegas, percebo a dificuldade que eles tem de escrever de forma fluída.
Então, o que fazer?
Continuo escrevendo, reescrevendo e lapidando o texto como um artesão. Busco uma escrita que soe natural e fluida, como parte de uma conversa. Se um trecho parecer forçado ou literário demais, reescrevo até que pareça natural. Valorizo a simplicidade e eficácia. Estou vigilante para não tentar impressionar com palavras ou frases complexas (vixe, falhei!).
Agora, tento novamente: continuo a partir daqui escrevendo, reescrevendo e me esforçando para que minhas ideias brilhem mais do que o meu texto.
Escrito por @jamesvasques
Publicitário, copywriter. Escreve sobre criatividade, autoconhecimento e comunicação.
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