Certa vez, no final do treino de capoeira, o mestre disse: “Às vezes gostamos do treino, às vezes não, nunca é como a gente deseja, e precisamos aprender a lidar com isso.” Como mestre, ensinava aos alunos algo que teve que aprender para se tornar mestre. Vi que isso fazia sentido para o meu trabalho com a escrita.

Meus dias nem sempre são como eu gostaria. Às vezes são monótonos, outras vezes, sinto-me frustrado quando percebo que, ainda, meus resultados não correspondem ao meu esforço. Mas, é em contato com aquilo que me encanta na escrita, que meu olhar e meu ânimo se renovam.

Foi assim que percebi que a maestria não está apenas no resultado, mas na jornada e na capacidade ver beleza no cotidiano. O mestre sabe que cada pequeno detalhe, cada momento aparentemente insignificante, é parte da grandeza do seu trabalho.