O Orgulho Como Obstáculo: A Coragem de Aceitar o Desconhecido

A reunião seguiu como tantas outras. O cliente havia sido claro:

— Precisamos aumentar a visibilidade dos nossos produtos.

Mas a resposta não veio de imediato. Um silêncio denso pairou sobre a equipe, não por falta de ideias, mas por algo mais sutil e difícil de admitir.

Gabriel, redator recém-chegado à agência, quebrou o silêncio:

— Então, qual é a estratégia?

O desconforto foi visível. Olhares se desviaram, papéis foram remexidos, como se a pergunta não tivesse sido feita. E ali ficou claro: não era sobre falta de preparo ou insegurança, era o orgulho de admitir que ‘não sabiam’.

O Orgulho Como Defesa Contra a Insegurança

Em ambientes criativos, admitir que não sabemos pode soar como fraqueza. Mas por quê?

O orgulho nos faz acreditar que nossa credibilidade depende da aparência de controle. Se assumimos que não sabemos por onde ir, podemos implicitamente sugerir que não sejamos as pessoas certas para aquela posição.

O problema é que esse mesmo orgulho nos impede de avançar. Ele faz com que a necessidade de proteger uma imagem seja maior do que o desejo de evoluir. E assim, sufocamos a atmosfera criativa.

O orgulho transforma um simples “não sei” numa barreira intransponível, impedindo que a inovação aconteça, essa barreira só começa a se dissolver quando abrimos espaço para a verdade. No momento em que o orgulho cede, a mente se abre para o que antes parecia impossível. Admitir que não temos todas as respostas não nos enfraquece — nos fortalece. A inovação começa no momento em que temos coragem de dizer ‘não sei’ e a disposição de explorar o desconhecido.

Criatividade exige humildade, a coragem de aceitar o desconhecido e a disposição para construir novas respostas.

Escrito por

Publicitário, copywriter. Escreve sobre criatividade, autoconhecimento e comunicação.

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